#1 Para Warren Spector, jogos como Lollipop Chainsaw não deveriam ter sido criados Sáb Fev 09, 2013 2:08 pm
Não é segredo para ninguém que Warren Spector, criador da série Deus Ex e Epic Mickey, é um defensor do fim da violência exagerada nos jogos. Tanto que, durante sua palestra durante a DICE Summit, ele continuou em sua cruzada e até mesmo atacou alguns lançamentos recentes por conta do excesso de sangue na tela.
Em determinado ponto de seu discurso, Spector mencionou a evolução das tendências dentro da indústria, citando exatamente o crescimento do conteúdo violento para atrair público. E sua revolta em relação ao assunto era tanto que ele chegou a dizer que há títulos no mercado que não deveriam ter sido criados, trazendo uma enorme imagem de Lollipop Chainsaw projetada atrás de si para ilustrar a questão.
E ele não parou por aí. Além da bizarra criação de Goichi Suda, o produtor completou dizendo que não se interessa mais em personagens de armadura ou com grandes espadas e que não aguenta mais ser um fuzileiro espacial protegendo a Terra de uma invasão. Para ele, os únicos jogos que realmente lhe interessam são aqueles que ele considera relevante, como The Walking Dead e Heavy Rain.
Por fim, Spector concluiu dizendo que a indústria precisa parar de pensar em seu público como um bando de adolescentes e pensar mais em material relevante para o que ele chamou de “humanos normais”.
E aí, o que você acha disso?
Não há como negar que Warren Spector tem um pouco de razão. Particularmente, também me cansei de ver personagens com o triplo do tamanho de um humano normal carregando armas gigantescas. Na maioria dos casos, esse exagero — que é sempre acompanhado de violência — vem para compensar uma história rasa e pouco interessante. Foi o que me afastou de Darksiders, por exemplo.
Por outro lado, essa história de “conteúdo relevante” e jogos que não deveriam ser criados é bem questionável. Além de ser uma visão bem pessoal, é preciso lembrar que o video game é uma forma de entretenimento que, assim como o cinema, possui diferentes tipos de público e que não há razão para “elitizá-lo”.